Café Quebra Torto

Café quebra torto tem sua origem na região do Centro- Oeste, típico pantaneiro. O quebra-torto é o nome da primeira refeição do dia. Historicamente o curioso nome se deva ao dejejum pelo qual passa o pantaneiro madrugador até a hora de comer algo mais consistente, pois de madrugada só toma mesmo guaraná em pó ou café puro. Em Goiás, o café da manhã é recheado de quitandas, como biscoitos e roscas de polvilho, acompanhados de café com leite.

O quebra-torto é uma refeição seca e servida em temperatura ambiente (nem fria nem quente) composta por restos do jantar do dia anterior. Como o prato do jantar costuma ser com molho, para o quebra-torto acrescenta-se farinha de mandioca para “empamonar”, termo utilizado quando a refeição é acrescida de farinha até engrossar. Alguns exemplos de refeições servidas no quebra-torto são os empamonados de feijão, de carne, de bucho e tripas, de torresmo, de peixe etc. Também podem ser servidas misturas, igualmente empamonadas, como carne com arroz, carne com banana (seja verde ou madura), carne com tubérculos (mandioca, cará, batata-doce etc.). As carnes costumam ser de porco, boi, caça, peixe ou galinha, dependendo da época e do que o mato-grossense caça, pesca ou cria.


Geralmente são acompanhados de banana-da-terra frita ou cozida, arroz sem sal ou algum tubérculo, como mandioca e batata-doce. Se a refeição do jantar foi seca, como pode acontecer no caso de um peixe ou uma galinha fritos, o acompanhamento do quebra-torto seria uma farofa, seja de ovo, carne ou banana. Serve-se junto com o quebra-torto algum tipo de “chá” quente ou, menos comum, leite. As infusões mais habitualmente consumidas são de mate, erva-cidreira, folha-de-laranjeira, tamarindo, folha-de-tarumeiro, lima-de-imbigo, alecrim-do-campo. Eventualmente, essa refeição pode constar de banana-da-terra cozida, mandioca cozida, pamonha, cuscuz, bolos diversos (de queijo, de arroz). O único critério a ser adotado é que seja uma refeição ¨forte¨, que sustente o homem no roçado até que chegue o almoço.


O almoço no Pantanal, contém basicamente arroz com feijão, pedaços de carne-seca, mandioca, farofa e legumes. Em Goiás, o almoço típico também pode ter almôndegas, carne de panela, chuchu e abobrinha refogados. As cores atraentes do açafrão-da-terra (cúrcuma) e do urucum são presenças constantes nas refeições diárias, além das receitas tradicionais.


O jantar no Pantanal pode ser uma caça ou um peixe obtido durante o trabalho do mesmo dia ou do anterior. Já no Cerrado geralmente são consumidas as sobras do almoço, às vezes num “mexido”. E mesmo no verão se tomam caldos de mandioca, de frango com milho, entre outros.


A qualquer hora do dia, toma-se o tereré no Pantanal, herança gaúcha e dos vizinhos estrangeiros. É um tipo de chimarrão de erva-mate e a diferença é que o tereré (ou tererê) é tomado frio ou gelado para amenizar o calor, com um chifre de boi fazendo as vezes de cuia.
Tereré
Hotéis e pousadas da região do mato grosso, Cuiabá, incorporaram em seus restaurantes, este café da manha típico, como atração e com intuito de divulgar a cultura local.

É costume os hotéis do Pantanal oferecerem todo o cardápio do quebra-torto
        
          
      

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